Chega uma hora em que a mudança é quase um instinto e que migalhas são apenas migalhas que nos mostram o quanto não há valor para quem se despreza.
Eu valorizo a condição humana em ser especial.
Muitas vezes dispersamos nossos pensamentos agindo pela pauta do outro e com isso, vivemos a vida do outro conforme receios e desejos de alguém a quem não deveríamos nem sequer perder o tão precioso tempo.
Culpas, traumas, medo de fracassar são ingredientes básicos para a nossa motivação a ser uma espécie de alma penada neste mundo esquisito.
Como seria bom a verdade ser percebida e com isso a invasão completa da paz interior! Como seria bom a atitude de assumirmos um caso de amor eterno conosco!
Porém ao invés disso, assim como eu fiz e faço, você e muitos outros acabamos nessa perseguição fatal de identidade em ser o ser perfeito para o outro. Foi nos imposto que devemos ser aceitos, que devemos admitir o conceito de sermos a mudança, o ser majestoso em oferecer a face, a alma, e confiar.
Confiamos em uma força maior, claro! Mas confiamos demais na nossa intuição quase viciada em nos levar a qualquer coisa que nos afaste da angústia da solidão.
Desde pequenos, sentimos o frio, a fome, a sede, a necessidade do colo, do amparo, do carinho...Nossa, como somos tão dependentes!
Precisamos da mão que nos segura para nossos primeiros passos, de repetições de sons para aprendermos as palavras e de lições e ensinamentos para nos configurar o valor e continuarmos com os costumes.
Somos sociais, mas também solitários. Somos as pessoas mais benevolentes e as mais crueis. Pois somos alma e espirito, mas somos ossos, carne e tentações...
Somos vida e morte. Já nascemos e sabemos que vamos morrer. Envelhecemos e perdemos muitas vezes nossa preciosa memória. Já desde crianças ouvia que da vida não levamos nada, só as lembranças, mas coitados aqueles que nem isso não lhes são permitidos levar. Pois muitos males como Alzeimer destroem a mente.
Etamos no tempo de assumir nossa missão, de aceitar o dom que viemos para este lugar e viver estes menos de cem anos. Estamos no tempo de assumir que somos, o que somos e não querer saber de onde ou porque e para onde vamos.
Não é importante o local, o importante está no caminho sagrado de cada ser especial. Isso é evolução. Para esta evolução não há tempo e sim plenitude.
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