Gostei da entrevista do Jo com Mario Sergio Cortella. Aí, claroooooooo, me fez pensar:
Primeiro sobre se Adão e Eva srealmente só valorizaram o paraíso depois que perderam o paraíso. Também sobre a afirmação "Se eu não tenho sede o liquido não me faz falta, mas quando eu tomo o liquido à titulo de degustar e isso me faz com que eu possa apreciar com felicidade".
Bom, se a felicidade está ligada a ausência do sentimento que nos dá a sensação de plenitude sobre algo, como posso saber se estou sendo feliz na metáfora "matando minha sede" ou "degustando meu líquido"?
Ainda insistindo neste tema, ao dizer que o dinheiro não traz felicidade, mas nos permite ficarmos infelizes em Paris, me faz refletir sobre estes conceitos de felicidade, saturação, saciedade, infelicidade, necessidade, ausência e abstinência.
Será que quando sofremos uma grande perda é justamente o grande momento de aprendizado e valorização daquilo que perdemos ou aprendemos a viver com a ausência? E mais, será que na ausência conseguimos substituir algo?
Por que as pessoas perseguem o dinheiro, o poder e o status enquanto as que lá estão vivendo com dinheiro, poder e status já não se sentem tão saciadas?
O que é bastante para uma pessoa ser feliz? Isso é uma variável ou uma constante? Ao entender que a felicidade constante nos leva ao outro extremo da não-ausência de felicidade e assim não nos damos conta que estamos felizes.
Será que temos que sofrer a ausência para queremos de volta algo que não podemos mais ter e quando finalmente conseguimos e vira uma constante volta a não nos dar satisfação?
Só que tem uma coisa muito importante sobre isso tudo: Sentimentos, pessoas, destinos...
Como fica o amor, a amizade, a familia e o sucesso no meio disso tudo?
Se as pessoas precisam eternamente conquistar para sentirem a sua plenitude,como é então treinar sua consciência para ao chegar ao auge de uma conquista manter a sensação inicial de saciedade?
Acho que deve ser por isso que as pessoas traem, usem drogas ou desistem dos sonhos ou dos sentimentos.
na continuação do meu raciocínio vejo que muitas vezes eu também fui levada a não parar de conquistar e só me dei conta que estava exausta de almejar quando já era tarde para dar valor às conquistas simples.
Estou vivendo assim como você e todo mundo um grande aprendizado.
Vou fazer uma lista de tudo que eu conquistei e perdi. Outra com o que conquistei e desisti. Mas acho que a mais importante seria a que eu ainda quero conquistar ou recuperar. Antes de partir para a ação, precisamos então analisar onde ocorreu um ponto que se perdeu ou o motivo pelo qual não está mais comigo.
Somente com uma auto-análise posso identificar o que quero ou não. E se quero, de que forma eu quero. São estas respostas que nos fazem traçar nossos objetivos não apenas para termos pessoas, coisas e viver sensações, mas para nossa manutenção da felicidade.
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