Pobre menininha...

Certa vez apareceu uma menininha. No início me pareceu uma bonequinha, mas percebi que era mais uma ninfetinha.
Elas não percebem que o bem é viver cada coisa de cada vez, são gulosas, querem tudo...e substimam o que está ao redor.
Tenho tanta pena da menininha...ela ainda quer tentar me dar lição de moral, logo ela que tá perdidinha na sua pseudo competição comigo...
Aí, pensei numa carta, num poema, num proverbio...pensei até que ela merecia umas palmadas como fazíam antigamente, mas vi que não vale a pena, afinal ninfetinhas adoram apanhar da vida!
Segundos depois percebi que a menininha é tão sem graça e tão deslumbrada que enjooei dela...antes mesmo de acabar meu texto!
Pobre menininha....


Quanto mais atrevida,
mais sofre.
Quanto mais soberba,
maior o tombo.
Quanto mais tolice,
mais boba eu vejo que você é.
Quanto mais me alfineta,
mais vejo que se importa comigo.
Quanto mais me copia,
maior é o seu elogio a mim.
Quanto mais quer meu lugar,
mas longe dele estará.
Quanto mais quiser meu resto,
mais longe estará do inteiro.

Por isso, aprenda, menina:
Eu sou aquela que você não vê mas eu existo.
Eu sou aquela que você ouve falar mas nunca vai me conhecer.
Eu sou aquela que não te deixa tranquila porque eu tenho o que você sonha em ter.
Eu sou a que está na essência e você talvez na matéria, nos bares da vida...
Eu estou no sentimento, faço parte da história e você das operações tapa-buraco.
Eu sou aquela que chegou antes, saiu e deixou a luz acesa,
Sabe por que?
Por que eu ainda não fui embora.

Qualquer coisa que te digam, para mim não importa.
Qualquer coisa que você acredite, para mim não importa.
Qualquer coisa que você faça, para mim não importa.
Qualquer coisa que você queira, esperneie ou ache que levou a melhor, realmente não me importa.

A mais doce mentira é a dura realidade...

Você não é o que pensa ser,
não vive o que acha que é viver,
não ama o que quer amar.
Afinal, quem é você?
Você é uma simples e doce e boba menininha...